Monergismo.com - Distintivos
(A Teologia de Monergismo.com)


Deus
Há um só Deus, eternamente existente nas três pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo. Essas pessoas são a mesma em substância, iguais em poder e glória (Mateus 28:19; 2 Coríntios 13:14).

Escritura
Podemos conhecer a Deus somente a medida que Ele se faz conhecido a nós. Deus comunicou a Si mesmo em palavras e proposições que foram registradas para nós nas Escrituras. Ele não Se calou, mas Se acomodou à nossa humilde capacidade para que possamos apreender o Seu propósito. Nossa fé não é baseada sobre qualquer especulação ou filosofia feita por homem, mas é baseada sobre a fé histórica Cristã que está registrada no cânon completo da Escritura. As Escrituras não possuem erros (inerrante e infalível) nos manuscritos originais, e representam a suprema e final autoridade para nossa fé e prática. A Bíblia é nosso guia em todos os assuntos de doutrina, prática da igreja, aconselhamento e comportamento individual. Devemos, portanto, sempre reformar nossos pensamentos a respeito de Deus para honrarmos mais a Deus e sermos mais consistentes com a Sua Palavra.

A Queda
Devido aos efeitos da queda (de Adão) na mente e na vontade, a condição espiritual do homem por natureza é a de morto em delitos e pecados, escravizado ao pecado, completamente incapaz e indisposto de vir a Deus. (1 Coríntios 2:14, Romanos 8:7, João 3:19), e debaixo da ira de Deus. (Efésios 2:1-3; Tito 3:3; 2 Timóteo 2:26). Como tal, o homem é absolutamente incapaz de se salvar, ou até mesmo de cooperar com Deus em sua salvação. Ele não possui a inclinação, desejo ou capacidade de se voltar para Deus, visto que ele ama e prefere mais as trevas do que a luz. Visto que o homem é depravado por natureza e, portanto, fará inevitavelmente escolhas de acordo com esta natureza, seu "livre-arbítrio" sempre escolherá rejeitar a Deus, aparte da graça de Deus.

Os Pactos de Deus
A despeito da rebelião da humanidade contra Deus, Seu grande amor foi revelado em Seu propósito de abençoar a humanidade, que foi feito conhecido em Sua promessa redentora após a queda de que esmagaria a cabeça da serpente com a semente da mulher (Gênesis 3:15). Deus, então, começou a implementar este plano de redenção, por meio de pactos, para misericordiosamente fazer com que a humanidade volta-se à comunhão da vida divina e a glória que Ele originalmente intentou para nós. A essência do pacto entre Deus e o homem é "Eu serei o vosso Deus, e vós sereis o Meu povo". A natureza revelatória progressiva dos pactos com Noé, Abraão, Moisés e Davi lançou o fundamento do pacto para a culminação da obra redentora de Deus em Seu novo concerto em Cristo. Estes pactos sucessivos da Escritura formam uma unidade. O pacto probatório da vida pelo qual o homem era para guardar os mandamentos de Deus perfeitamente foi cumprido e consumado de uma vez por todas por Cristo, Deus em carne. O pacto da graça é onde aos eleitos de Deus é atribuída a satisfação de Cristo pela fé. Dessa forma, a nação de Israel compartilha de uma função primária na auto-revelação de Deus na história redentora. É a revelação progressiva através de todo o Velho Testamento que provê a estrutura crucial para o entendimento da completa auto-revelação de Deus através de Jesus Cristo.

Cristo
Eu creio na deidade, humanidade, nascimento virginal, impecabilidade, expiação penal substitutiva, ressurreição corporal; e no retorno visível, corporal e glorioso do Senhor Jesus Cristo (João 1:1; Isaías 7:14; 1 Coríntios 15:3-5; Atos 1:11). Deus o Pai enviou o Filho para redimir a humanidade perdida unindo a humanidade caída a Si mesmo através da completa solidariedade de Jesus com Adão (João 1:1,14; Romanos 8:3). O último Adão (Jesus - Romanos 5:1; 1 Coríntios 15:45) compartilhou da carne de Adão para iniciar uma guerra contra o mal, cumpri as estipulações do pacto de Deus que diziam respeito ao nosso lado, e no final, receber em Si mesmo a completa penalidade e conseqüências da queda de Adão através de Sua morte sobre a cruz (Romanos 5:12-21; 1 Coríntios 15:21-22; Colossenses 2:13-15). Cristo agora reconcilia a humanidade com Deus criando um vínculo de paz em nossa união com Ele. Jesus veio para restaurar e redimir tudo o que foi destruído e perdido na queda, por causa de sua ruptura com Deus; restaurar e redimir tanto a humanidade como toda a criação.

Eleição
Antes da criação do mundo, numa eternidade sem fim, Deus elegeu pessoas particulares para a vida eterna. Ele já tinha conhecido e determinado a quem aplicaria os benefícios da expiação (Atos 13:48; Efésios 1:3-6; Tito 1:2; 2 Timóteo 1:9). Esta escolha não foi baseada sobre o fato de que Deus sabia quais pessoas creriam como fruto de seu próprio livre-arbítrio, porque não há pessoa que preencha esta descrição. Esta decisão foi baseada sobre o soberano beneplácito de Deus somente. Foi uma decisão graciosa de Deus, numa eternidade passada, para salvar as almas caídas que Ele mesmo escolheu. Portanto, Deus infalivelmente trará todos os Seus eleitos à vida eterna, fazendo com que eles perseverem até o fim (Filipenses 1:6; João 10:29). As Pessoas da Trindade trabalham em harmonia para realizar e aplicar a salvação. O Pai, desde a eternidade, elegeu um povo particular (Efésios 1:4,5; Romanos 8:29,30). Cristo redime aqueles que o Pai "Lhe deu" (João 6:37,39; 10:29) e o Espírito Santo da mesma forma aplica os benefícios redentores da expiação nas mesmas pessoas (João 1:13; Tiago 1:18; 1 Pedro 1:23,25).

Expiação
Eu creio que há um requerimento que devemos cumprir para que um Deus santo olhe favoravelmente para nós: Este requerimento é a perfeita justiça; uma vida imaculada, que nunca quebrou nenhum mandamento da Lei de Deus. A mesmo que possamos produzir isto, estaremos sem esperança. A menos que cumpramos este requerimento, seremos culpados diante de Deus e seremos condenados. Mas Deus olhou para o Seu povo com grande misericórdia enviando Jesus Cristo, Seu Filho, para salvar aqueles que foram Lhe dados pelo Pai (João 6:37-39;17:9). Depois de viver uma vida sem pecado (cumprindo o Pacto de Deus no que diz respeito ao nosso lado - as exigências que deveríamos cumprir cabalmente), Ele suportou a ira completa de Deus contra o pecado de Seu povo como um substituto pena sobre a cruz. Este sacrifício é eficiente para todos os que crêem no Evangelho e resultará infalivelmente na salvação eterna deles (Mateus 1:21; João 10:15; Atos 20:28; 1 Pedro 1:18-21). A justiça de nosso santo e justo Deus é satisfeita em Jesus e assim, Ele nos perdoa. Ele [Jesus] é nossa Justiça perfeita e imaculada.


Graça
Eu creio que não há nada no e do pecador que estimule a Deus agir bondosamente para conosco (Romanos 1:16; Gálatas 3:26 e versos seguintes). Por que, então, deve um pecador, um injusto, um rebelde merecedor do inferno, receber a vida eterna e escapar do castigo eterno? É unicamente pela graça de Deus, somente. A graça de Deus no evangelho é primeiramente as boas novas de que o próprio Deus nos resgatou de Sua própria ira e que nos adotou como seus recipientes, como filhos num relacionamento eterno com Ele. No evangelho o amor de Deus é revelado. Deus está ferozmente contra nossa injustiça e nossa supressão e distorção da verdade para nos justificar (Romanos 1:18). Mas, a despeito de nossa rebelião, Romanos 5:8 diz: "Deus mostra o Seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". O amor de Deus teve que tratar tanto com a injustiça do homem como com a ira de Deus. Como este evangelho faz isto? O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê "na justiça de Deus revelada de fé em fé" (Romanos 1:17).

Contudo, como pode isto ser boas novas, quando a justiça de Deus é nosso problema e os homens nunca encontrarão naturalmente disposição para se submeterem em fé aos termos humilhantes do evangelho de Cristo? (Romanos 3:11; João 6:64,65; 2 Tessalonicenses 3:2). Porque Deus nos dá livremente o que Ele demanda de nós. O que devemos ter, mas não podemos criar, realizar ou suprir (fé e santidade), Deus nos concede livremente, a saber, Sua própria justiça e o dom da fé. Ele revela, como um dom em Cristo Jesus, a fé e a justiça que uma vez eram somente uma demanda. Deus nos salva pela graça somente, através da fé somente, e esta fé não é produzida pela nossa natureza humana não-regenerada.

Faremos bem em citar um dos maiores expositores das Sagradas Escrituras que já viveu, o nosso amado irmão Arthur W. Pink: "...a graça divina é mais do que 'favor não-merecido'. Dar comida a um mendigo que bate à minha porta é um favor 'não-merecido', mas está longe de ser graça. Suponha-se, porém, que eu alimentasse esse mendigo faminto depois de ter sido assaltado por ele - isto seria "graça". A graça, por conseguinte, é um favor demonstrado quando, na realidade, há demérito da parte de quem o recebe" (Arthur W. Pink, A Soberania de Deus).

Regeneração
Nossa união com Cristo tem sua origem na divina eleição, sua base na obra redentora de Cristo e seu real estabelecimento com o povo de Deus pela regeneração do Espírito Santo. Todos os eleitos de Deus serão regenerados pelo Espírito Santo durante sua vida, no tempo determinado por Deus. Esta regeneração é uma ressurreição espiritual dada aos pecadores que estão espiritualmente mortos. Ela infalivelmente resulta em fé, arrependimento e obediência. Esta regeneração é acompanhada pelo poder irresistível do Espírito Santo (João 6:37,44 ; Efésios 2:4-5; Salmos 110:3).


Regeneração, Arrependimento e Fé:

Como a fé e o arrependimento acontecem visto que o homem natural é incapaz de criar um pensamento reto, gerar uma afeição correta e originar uma volição certa (Romanos 3:11, 8:7; João 3:3, 6)?

Quando falada no poder do Espírito Santo, a Palavra de Deus tem o poder de abrir graciosamente os olhos das pessoas, abrir os seus ouvidos incircuncisos, mudar a disposição de seus corações, trazê-los à fé e salvá-los (Tiago 1:8; 1 Pedro 1:23,25). A palavra de Deus não opera "ex opere operato", antes, é a obra do Espírito Santo soberanamente dispensando graça (João 3:8) que vivifica o coração através da Palavra para produzir vida. Assim, a Palavra escrita não é o material do novo nascimento espiritual, mas sim o seu meio ou instrumento. "A palavra não é o princípio causativo em si, mas somente o que por ela opera: o veículo do misterioso poder germinativo" [ALFORD]. É porque o Espírito de Deus a acompanha que a Palavra carrega em si o germe da vida. A vida está em Deus, todavia, ela nos é comunicada através da Palavra.

O evangelho declara que o arrependimento e a fé (mandamentos de Deus) são ambos obras de Deus em nós e não algo que o pecador por si mesmo contribui para a sua própria salvação; eles não são a parte do pecador para a salvação de Deus. Deus é quem opera em nós tanto o querer como o efetuar; Ele é o autor e consumador de nossa fé; é a Sua bondade que nos conduz ao arrependimento (2 Timóteo 2:25; Efésios 2:5,8; Hebreus 12:2; Romanos 2:4). O arrependimento e a fé podem ser exercidos por uma alma somente após, e numa conseqüência imediata, sua regeneração pelo Espírito Santo (1 João 5:1; Atos 16:14b; Atos 13:48; João 10:24-26; Ezequiel 36:26-27; João 6:37; João 1:13; 1 Coríntios 4:7; 1 Coríntios 15:10; Tiago 1:17; João 3:27). Deus regenera, e nós, no exercício da nova e graciosa capacidade nos dada, nos arrependemos. Deus desarma a oposição do coração humano, subjugando a hostilidade da mente carnal e com um poder irresistível (João 6:37), traz os Seus escolhidos para Cristo. O evangelho confessa que "nós o amamos porque Ele nos amou primeiro". Enquanto que antes não tínhamos nenhum desejo por Deus, a graça regenerativa de Deus nos dá desejo, disposição e deleite em Sua pessoa e mandamentos. Fé e obras são as evidências do novo nascimento, não a causa dele.

Salvação
Em consentimento essencial com os ensinos dos Protestantes Reformados, a Confissão de Fé de Westminster, Os Cânones do Sínodo de Dort e a tradição evangélica de homens tais como Paulo, Agostinho, Calvino, Lutero, Knox, os Puritanos, John Bunyan, Jonathan Edwards, George Whitefield, C.H. Spurgeon, Arthur W. Pink e Dr. Martyn Lloyd-Jones, creio na salvação que é dada pela soberana graça de Deus (monergística). Nossa justificação é pela graça somente, em Cristo somente, como revelada nas Escrituras somente, para a glória de Deus somente. Devido à divina iniciativa de Deus em abraçar a humanidade caída através de Cristo (Efésios 2:8-10; Tito 3:4-7) e não aos méritos da parte do crente, a salvação é a livre e completa participação na obra salvadora de Deus em Cristo, nos unindo através de Seu Espírito. É conhecer e ser conhecido de Deus através de Cristo (Gálatas 4:9; 1 Coríntios 13:12). Na salvação há uma restauração ao propósito original de Deus para nós, o fim para o qual fomos criados.

Perseverança
Ensinamos que todos aqueles que crêem são justificados por Deus e selados com o Espírito Santo da promessa para o último dia da redenção. Portanto, se uma pessoa foi chamada eficazmente e trazida a Cristo, ela nunca perderá esta salvação visto que ela é baseada completamente sobre a obra consumada de Cristo e sobre a eleição de Deus, e não na força de obediência ou compromisso dos crentes (João 10:27-30; Romanos 8:28-30). A pessoa cujas disposições e afeições foram mudadas pelo Espírito Santo na regeneração não rejeitará a vida eterna, uma vez que elas foram salvas porque não queriam rejeitar a vida eterna (e isto, por causa da regeneração). Deus faz com que o Seu povo continue querendo crer nEle, mesmo depois de terem sido salvos (Jeremias 32:40; Ezequiel 36:27). Isto não é baseado sobre quão perfeitos somos, mas somente sobre a promessa e a obra consumada de Cristo (João 3:16; João 10:29).

Santificação
Todos aqueles que são trazidos a Cristo são santificados pelo Espírito Santo. Esta santificação é uma obra de Deus na qual o crente participa pela confissão de pecado, arrependimento e submissão a vontade de Deus (1 Tessalonicenses 4:3-8; Romanos 8:29).

Escatologia
No fim deste mundo, esperamos o retorno pessoal, corporal e visível de nosso Senhor Jesus Cristo, de acordo com as Escrituras. Cremos num evento único, como ensinado nas Escrituras, não em três vindas de Cristo (ou numa segunda vinda com duas fases, como gostam de denominar). Na preparação para Sua vinda, somos chamados a viver uma vida de santidade e compromisso com a Palavra de Deus. Cremos e defendemos a visão amilenista com respeito ao Milênio de Apocalipse 20.

Eclesiologia
A Igreja universal, que é invisível, consiste de todo número dos eleitos, que foram comprados por Deus com o sangue de Cristo [Daniel 3:4;5:19; Apocalipse 7:9;10:11;11:9;13:7;14:6;17:15] de toda tribo, língua, povo e nação. Nesta igreja eles foram, são ou serão reunidos, tendo o próprio Cristo como Cabeça; e é a esposa, o corpo, a plenitude dAquele que enche tudo em todos. Paulo diz, "Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela" (Efésios 2:25). Aqui o termo "a igreja" é usado para aplicar à todos aqueles por quem Cristo morreu para redimir, todos aqueles que são salvos pela morte de Cristo. Isto inclui todos os verdadeiros crentes de todos os tempos, tanto os crentes da época do Novo Testamento como do Velho Testamento também. Na igreja local nós adoramos o SENHOR, servimos e encorajamos uns aos outros, crescemos juntos na graça e no conhecimento de Jesus Cristo e temos grande gozo em servi-Lo conjuntamente.

*** Além do mais, cremos nas várias formulações confessionais que se originaram da Reforma, as quais representam um significativo avanço da doutrina sã e escriturística, apresentando um entendimento da fé histórica que honra a Deus:

Confissão de Fé de Westminster

Os Cânones de Dort

Confissão de Fé Batista de Londres 1689

 


Traduzido e modificado por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 03 de Abril de 2004.


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Proclamando o Evangelho Genuíno de CRISTO JESUS, que é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê.

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